Quem Somos

O Seminário do Bom Pastor é uma comunidade humana e espiritual formada por rapazes, padres e colaboradores que, num espaço concreto, em Ermesinde, pretende «ajudar a maturação humana e cristã dos adolescentes que mostrem trazer dentro de si o gérmen da vocação ao sacerdócio ministerial, a fim de desenvolver, de acordo com a própria idade, aquela liberdade interior que os capacite a corresponder ao desígnio de Deus sobre a sua vida» (RFIS 18).

O espaço do Seminário do Bom Pastor dedica-se, assim, a um tempo específico no desenvolvimento da vida dos jovens adolescentes que coincide com os estudos do 9º, 10º, 11º e 12º anos. É possível entrar no seminário em qualquer um destes anos, sendo, normalmente, antecipada de algum tipo de acompanhamento como seja o Pré-Seminário.

Como é a vida no seminário

Tendo como finalidade «ajudar a maturação humana e cristã dos adolescentes que mostrem trazer dentro de si o gérmen da vocação ao sacerdócio ministerial», o Seminário do Bom Pastor procura que a vida quotidiana espelhe este objetivo.

Tradicionalmente, esta finalidade é desdobrada no desenvolvimento de quatro dimensões: a dimensão humana, espiritual, intelectual e pastoral.

A dimensão intelectual é desenvolvida no Colégio de Ermesinde, que dista pouca distância do seminário, onde cada aluno completa o seu ciclo de estudos. Dentro das necessidades, o seminário tenta corresponder, também, no acompanhamento do estudo de cada aluno. Uma boa parte do tempo dos alunos é passada no colégio, pelo que, o restante tempo passado no seminário é organizado em função do horário de cada aluno.

A dimensão humana é trabalhada todos os dias, desde logo, pela exigência decorrente da vida em comunidade que exige horários, envolvimento nas tarefas diárias, «respeito e preocupação pelos outros, sinceridade e a lealdade diante de si e dos outros, o progressivo desenvolvimento afetivo, a predisposição a viver em comunidade, a capacidade de cultivar amizades fraternas, o bom grau de responsabilidade relativamente aos deveres pessoais e aos compromissos confiados, a criatividade o espírito de iniciativa, o justo uso da liberdade» (RFIS 20). Estruturalmente, o seminário propõe, ainda, outras instâncias de desenvolvimento humano como seja o acompanhamento por parte de uma psicóloga, a leitura, a música, o canto, o desporto, os ateliers que, conjugado com as restantes atividades, tentam ser uma formação complementar para o crescimento integral de cada aluno.

A dimensão espiritual é trabalhada pelo desenvolvimento da interioridade de cada aluno, no encontro pessoal e comunitário com Jesus Ressuscitado. Esta dimensão desenvolve-se através da oração, donde se destaca a participação diária na eucaristia, a liturgia das horas, a adoração eucarística, a lectio divina ou algumas formas devocionais adaptadas a cada tempo litúrgico. Também a formação para o silêncio, nomeadamente nas manhãs de sábado, nas recoleções e nos retiros é um dos modos de trabalhar a dimensão espiritual. O acompanhamento espiritual e a formação espiritual [na manhã de sábado] são, depois, os eixos fundamentais que procuraram estruturar e sistematizar esta dimensão espiritual.

A dimensão pastoral, nesta fase da formação, não tem o peso que terá numa fase posterior. Porém, cada aluno deve pertencer a uma comunidade paroquial, estando inserido nalguma das suas realidades pastorais. Normalmente, esta inserção acontece na paróquia de origem de cada aluno, pelo que, a tarde de sábado e o dia de domingo são passados em casa, na paróquia de origem.

Exemplo de um dia no seminário:
7h levantar; 7h30 oração de laudes; 7h50 pequeno-almoço; aulas; 13h30 almoço; aulas / estudo / atividades; 19h15 eucaristia; 20h jantar; 20h30 recreio, jogos; 21h15 oração; 21h30 atividades / estudo / descanso.

A COMUNIDADE EM 2023/2024

No ano letivo 2023/2024 fazem parte da equipa formadora:

Dom Vitorino Soares, Reitor

Pe Ricardo Aguiar, Vice-Reitor

Pe Avelino Silva, Prefeito

Pe Davide Costa, Prefeito

Pe Augusto Silva, Diretor Espiritual

Pe Marcos Faria, Formador Espiritual

Quanto aos alunos, são 10 aqueles que compõem a comunidade e são naturais das Paróquias de: Peroselo (Penafiel); Areosa (Porto); Valpedre (Penafiel); Carregosa (OAZ); São Pedro da Cova (Gondomar); Penafiel; Freamunde (Paços de Ferreira); São João de Ovar; Maia; Vale (Santa Maria da Feira).

Como posso entrar para o Seminário

Através do pároco: podes contactar o teu pároco e pedir-lhe que entre em contacto connosco para te apresentar.

Contactar-nos diretamente: podes enviar-nos em email ou contactar-nos via telemóvel por voz ou mensagem WhatsApp;

Depois deste primeiro contacto, agendaremos um encontro pessoal e explicaremos os requisitos e as possibilidades de entrar no seminário.

Que «sinais» existem de que alguém pode ter vocação a ser padre

São indicados como «indícios de vocação» (RFIS 19)
(1) a ligação espiritual a um sacerdote; 
(2) o recurso frequente aos sacramentos;
(3) uma já inicial prática de oração;
(4)
a experiência eclesial paroquial vivida em grupos, movimentos e associações;
(5)
a participação em atividades vocacionais promovidas pela Diocese;
(6) o empenhamento em algum serviço no âmbito da realidade eclesial a que pertence.

nota histórica

A edificação do Seminário do Bom Pastor surgiu da necessidade de dar acolhimento ao crescente número de candidatos ao Seminário Menor, num espaço e ambiente correspondentes à sua formação.


Na década de sessenta, o Seminário Menor estava distribuído pelo Colégio de Ermesinde, Seminário de Trancoso (Gaia) e Seminário de Vilar. Esta dispersão, só por si, dificultava um coerente e contínuo acompanhamento formativo, correspondente às fases etárias destes jovens. Acresce ainda, as deficientes instalações, superlotadas, sem o mínimo de conforto e privacidade.
A situação agravou-se quando, mesmo assim, estas instituições já não puderam dar resposta ao número sempre crescente de candidatos, sendo necessário adaptar outro espaço para os acolher: o Seminário do Paraíso, na Foz do Douro.
Era urgente uma nova construção, também inovadora, quebrando o conceito tradicional de um grande e único edifício: edificações separadas, próximas, com amplos espaços verdes. A quinta da Mão Poderosa, em Ermesinde, doada à Diocese do Porto pelo seu proprietário José Joaquim Ribeiro Teles, foi local escolhido para o novo Seminário.


O projeto, de autoria do arquiteto Fernando Augusto Abrunhosa de Brito, incluía seis edifícios de comunidade residente, com salas de aula e espaço de recreio coberto. Um edifício central com cozinha, sala de refeições, capela comum, anfiteatro, serviços de administração e reitoria.


O programa apresentado mereceu a aprovação das entidades competentes e a edificação do Novo Seminário foi entregue à firma “ Soares da Costa”.
Em 30/7/1967 procedeu-se à bênção da primeira pedra pelo então Administrador Apostólico da Diocese, D. Florentino de Andrade e Silva.
Os dois primeiros edifícios puderam albergar os 94 alunos do 1º ano (5º) já no início do ano letivo 68/69. A equipa formadora destes candidatos ao sacerdócio era constituída pelos padres João Miranda Teixeira (Vice-Reitor), António Joaquim da Costa Mota, Boaventura dos Santos Silveira, Alfredo Leite Soares, José de Almeida Campos e Diácono Serafim Ferreira de Ascensão. As refeições eram servidas nas instalações da casa da Mão Poderosa.


Os restantes edifícios foram ocupados à medida que iam sendo levantados. Além de dormitórios, balneários, salas de aulas, recreio coberto, outros espaços polivalentes foram adaptados para capela, refeitório e outros serviços que estavam previstos para o edifício central que não chegou a ser edificado. Foi construída uma cozinha provisória que funcionou até à mais recente remodelação de dois edifícios residenciais. Esta recente intervenção, além de toda renovação exterior, transformou os dormitórios e salas de aula em quartos individuais com banho privativo, e todo o restante em moderna cozinha, sala de refeições, capela e espaços aprazíveis de estudo e convívio.


Brevemente serão recuperados os restantes edifícios para diversos fins e necessidades prementes da Diocese do Porto.